Royal Enfield Interceptor e Continental GT 650 são confirmadas para o início de 2020 no Brasil
Conhecida por suas motos de apelo clássico, a Royal Enfield confirmou para o início de 2020 a chegada das novas Interceptor 650 e Continental GT 650 ao Brasil.
A informação foi anunciada por Rod Copes, executivo que acaba de assumir o posto como presidente da Royal Enfield Americas.
“Estamos trabalhando muito próximos com nosso pessoal na Índia para que tudo esteja pronto”, disse Copes. “Planejamos para o começo do próximo ano”.
Novo motor de 2 cilindros
Além de chassi completamente novo, a linha das “Twins”, assim chamada pelo motor de dois cilindros, traz como principal novidade este propulsor completamente novo da marca.
A promessa é um funcionamento superior ao visto nos monocilíndricos da linha Classic 500. Com 2 cilindros em paralelo, o novo motor tem 648 cc e rende 74 cavalos a 7.100 rpm, enquanto seu torque máximo é de 5,3 kgfm.
Com câmbio de 5 marchas, os modelos possuem ABS de série e tanque com capacidade de 12,5 litros.
Ambas carregam o mesmo conjunto mecânico, mas a diferença está no estilo. A Interceptor segue um visual mais clássico, enquanto a Continental GT aposta em característica mais esportiva, inspirada nas café-racers.
Mais motos nos próximos anos
O executivo garante que a chegada dessas novas motos “não é o fim, mas apenas o começo” de um novo ciclo da marca centenária, que teve origem no Reino Unido e atualmente tem sede na Índia.
“Dentro de 3 a 5 anos, todos nossos produtos terão este acabamento e características, mantendo o estilo clássico, mas com a suavidade desse novo motor”, afirmou Copes, em comentário sobre o novo motor da Royal Enfield.
“Queremos ter uma dezena, talvez 12 motos na linha dentro de 5 anos”, disse Copes. Atualmente, a marca trabalha no Brasil com os modelos Classic 500, Bullet 500, Continental GT 500 e Himalayan. No ano passado, a montadora também apresentou um conceito: a KX, que pode dar origem a futuros modelos da marca.
Os modelos continuarão atuando no segmento de média cilindrada, que para a Royal Enfield vai de 250 cc a 750 cc.
Em outra frente, a empresa também trabalha no desenvolvimento de uma moto elétrica, mas ainda em estágio inicial. “A indústria está caminhando nesse sentido, e precisamos ser parte disso. Mas ainda estamos buscando descobrir como uma Royal Enfield elétrica deve ser”, explicou Rod Copes.
Mudança estrutural
A partir de agora, a subsidiária brasileira da Royal Enfield passa a responder para a recém-criada divisão Americas. Antes disso, o responsável pela região era Arun Gopal, que continua como diretor de negócios na empresa e passa a cuidar da Europa.
Copes, que está no comando da Royal Enfield América do Norte desde 2014, assume o comando de toda a região. No Brasil, Claudio Giusti segue como diretor geral.
“A subsidiária brasileira tem sido uma das grandes apostas da marca nos últimos anos, por isso estamos abrindo concessionárias em novas praças e estudando a possibilidade de iniciar, futuramente, uma operação CKD [montagem de motos] local”, afirmou Claudio Giusti.