Yamaha entra na onda retrô com a XSR 700
Para muitos, a onda retrô entre as motos era apenas uma “febre passageira”. Mas não tem sido exatamente assim. A febre se transformou em epidemia que contaminou muita gente do “mundo moto”. Marcas como Triumph e Ducati, além de muitas customizadoras, estão investindo pesado no estilo “vintage”. Depois das releituras dos modelos XJR 1300 e SR 400, apresentados nos últimos anos, a Yamaha finca de vez os pés neste segmento. A marca japonesa anunciou, nesta semana, uma nova versão retrô de sua naked MT-07.
Batizado de XSR 700, o novo membro da família “Sport Classic” faz parte da filosofia “Faster Sons” da montadora, que pretende homenagear o design e a herança das clássicas motos da marca. A XSR 700, que chega ao mercado em novembro, traz elementos estilísticos da icônica XS 650, da década de 1970, e com boa dose de modernidade.
O motor de dois cilindros e refrigeração líquida é o mesmo da MT-07. Mas a XSR 700 tem tanque de alumínio, banco em couro, farol e lanterna traseira arredondados, além de um novo painel com mostrador digital único em formato circular. A Yamaha também anunciou uma extensa linha de acessórios para “customizar” a nova XSR 700.
Já para atender ao público desse segmento, criou diversos itens de equipamentos para o motociclista com essa forte inspiração vintage. Esse, aliás, tem sido um forte argumento de vendas dos novos lançamentos europeus. Sua estreia mundial deve acontecer durante o Salão de Motos de Milão (EICMA 2015), que será realizado entre 19 e 22 de novembro na capital mundial da moto.
Criação de um ícone
Para transformar o conceito em motocicleta, a Yamaha optou em fazer uma parceria com o premiado Shinya Kimura, que trabalha em Los Angeles (EUA). Adotando a filosofia “Faster Sons”, a montadora e o customizador japonês buscaram na história da própria Yamaha um modelo clássico que pudesse ganhar vida novamente e que trouxesse à tona o estilo clássico sem abrir mão da tecnologia contemporânea.
Tendo como base a street XS650, da década de 1970, a nova XSR700 começou a ganhar vida. À primeira vista, a nova moto impressiona por sua simplicidade estética, sobriedade na escolha de sua cor, porém com componentes de qualidade. Ou seja, uma vintage sem frescura, no qual o subquadro traseiro pode ser facilmente modificado.
Coração e ciclística da MT-07
Como base mecânica, a XSR 700 traz o mesmo motor de dois cilindros paralelos da naked MT-07. O propulsor de 689 cm³ privilegia torque em ampla faixa de rotações – são 6,9 kgf.m, a 6.500 rpm, porém com boa parte da força sendo entregue a 2.500 giros -, tornando a pilotagem mais fácil para iniciantes. O movimento dos pistões defasado em 270º cria um intervalo irregular em seus ciclos, produzindo um ronco característico. Isso é a tal tecnologia cross plane. Traduzindo: entrega torque de forma linear, para uma aceleração mais rápida e vivacidade em todas as marchas garantindo, assim, emoção com acelerações vigorosas.
Na parte ciclística, nenhuma novidade. No trem dianteiro garfo telescópico tradicional e disco duplo, de 282 mm de diâmetro e com pinça de quatro pistões. Na parte traseira, suspensão monoamortecida e disco simples. No entanto, a nova XSR recebeu pneus Pirelli Phantom, que traz um desenho clássico em sua banda de rodagem. O conjunto está ancorado em um chassi construído com tubos de aço. Para completar, a XSR700 adotou também sistema de freios ABS.
Desenho e acessórios
Na parte estética, a moto traz velocímetro redondo fixado praticamente na mesa do guidão, no melhor estilo retrô, porém com tela de LCD. Para-lama dianteiro, tampa do radiador e tanque, todos com pintura fosca, ajudam a trazer os velhos tempos de volta. Isso sem esquecer a lanterna traseira redonda.
Há diversos itens de equipamentos para o motociclista com essa forte inspiração nostálgica – jaquetas couro, malhas e luvas -, capacetes e acessórios apresentados com uma variedade de cores, acabamentos e tratamentos. A moto conta ainda com extensa linha de acessórios que, na realidade, é para deixar a XSR 700 única, com a cara e o estilo de vida de seu piloto. Com 186 kg em ordem de marcha, esta clássica moderna se destaca muito mais por ser uma peça de “lifestyle” do que uma moto de alto desempenho.
Fonte: Agência Infomoto